Da depressão à plenitude
Nestes tempos escassos de bons sentimentos, vivemos uma pseudo felicidade entre os apertados concretos; sob os monocromáticos telhados, contemplando-os como se fossem nossos céus, egoisticamente, particulares.
Tão reduzidos, restritos...
Resumos de um acanhado firmamento.
Um abrigo de espíritos usurpados, pobres, agasalhados em invisíveis trapos, agregados das incertezas, parentes da tristeza.
Despertemo-mos!
Busquemos novos ares...
Pessoas são pérgulas de jardins vitais, esperando as ramificações dos relacionamentos que nos permitem transpor os obstáculos do ego.
Não nos deixemos padecer sem esperanças, dando, a cada instante, um ultimato a nossa fé.
Nas batalhas diárias, utilizemos a pólvora do otimismo.
E que as transitórias dificuldades não nos afoguem, nem sejam motivos para permanecermos, apenas, como esboços rudimentares de seres humanos.
Não é nenhum ultraje, afronta ou desacato, causar uma ebulição íntima, objetivando, tão somente, um grau mais elevado de temperança, de moderação.
Vamos ser traquinas do bem, causadores de rebuliços nas boas lembranças, tagarelas das palavras positivas.
Lembremos, sempre, que as íngremes barreiras que nos parecem intransponíveis; os inúmeros perigos iminentes e os profundos precipícios do cotidiano, nada mais são que ferramentas divinas para nos polir o caráter; pacificar nosso espírito; edificar nossa alma.
E, se formos bons usuários do amor próprio, da solidariedade e da tolerância, estaremos na trilha correta, na rota da vida.
Sejamos, portanto, gratos pela infinita harmonia que Deus nos entrega como herança.
Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 22/04/2018
Alterado em 22/04/2018