É maravilhoso perder-se nos labirintos da alma!

Um grande desafio, na verdade.

Viver é percorrer tortuosos caminhos; superar limitantes obstáculos; ultrapassar todas as estreitas passagens, quase sempre, tão desencontrantes no tempo;  tão desconsertantes do destino...

E o coração, esse senhor cavalheiro, discreto e comportado, revela-se um bom e autêntico guia, rumo às nossas convicções.

Penso e tenho, não raramente, uma fértil e sugestiva concepção que me disponibiliza muitas alternativas. São deliciosas e calorosas ousadias que me tiram da inércia; incentivam-me o doce exercício da felicidade.

Pondero, cogito, concluo.

Circunstancialmente, julgo necessário e salutar o silêncio. Mas aquela costumeira solitude já não mais me acalma, como antes.

São tantos sonhos! Alguns, rotulados loucos delírios. Todos, sem exceção, prefaciados por convidativos lábios, por sinfônica voz, símbolos das entreabertas portas de um aprazível e desejado jardim.

Sigo, resignado, pelo meu caminho à margem de uma realidade com os seus potenciais imprevistos.

Muitos são os recuos; as pausas... quase sempre, necessárias. Avalio como combustíveis para novos impulsos; energia para passos mais largos, rumo ao aperfeiçoamento.

Felizmente, a intuição não me deixa "perder o fio da meada". Sou um autoproclamado artesão do destino.

E, os sonhos, ah! esses tão próprios, tão meus! são fortes e voluntárias mãos, ajudando-me na tecelagem da vida.