Sonhos reincidentes
Ontem, que belos sonhos!
Muito companheirismo...
Alcancei, exultante, o íngreme topo de uma montanha. E lá estavas tu, ao meu lado. Incentivando-me. Equilibrando-me...
Tanta fé!
Caminhei sobre as águas de mares revoltos, e tu, mais uma vez, igual ao Cristo, seguravas a minha mão.
Despertei, no meio da noite, refletindo sobre a autenticidade que nos sustenta e fortalece.
Cada dia é um degrau de uma evolução maior do que jamais se poderia supor.
Pensar em ti é um suave e profundo exercício, sobretudo, nas manhãs, quando um providencial sentimento de paz me invade.
Relembrar o teu iluminado olhar me faz esquecer as dores do mundo.
Recordar teu abraço traz uma sensação de eternidade, aquecendo-me o espírito.
E, por haver para sempre, na minh'alma, o registro da tua existência, suporto, resignadamente, a distância que impede-me de acariciar o teu rosto.
Até já não me impaciento tanto com o tempo que enche meu coração de saudade. Até entendo a rota dos nossos caminhos de direções diferentes,
Fecho os olhos... Imagino tuas linhas suaves...
Da brisa primeira, roubo o perfume dos teus cabelos, enquanto pássaros no meu quintal, imitam o timbre da tua voz.
Tu me elevas, fazendo-me melhor.
Tornou-se tudo tão sublime!
Não mais me confunde o mesquinho sentimento de posse.
A maturidade ensinou-me que as desenfreadas paixões, são empurrões para os abismos da culpa.
Aprendi que o amor verdadeiro não arrasa vidas, não corrompe histórias. Não é egoísta, nem domina o ser amado.
Quem ama, não aprisiona; não tolhe as iniciativas de crescimento do outro.
Espiritualmente, "o amor é causa de elevação e de aprimoramento das criaturas. O amor não exige reciprocidade, nem reconhecimento".
É simplesmente Amor.
Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 04/02/2018
Alterado em 04/02/2018