Alma gêmea, sim senhor!
O tempo passa. A civilização evolui.
Progride, entre erros e acertos; entre avanços e desafios; entre quedas de mitos; entre verdades erguidas...
Ações que nos parecem equilibradas, embora, nem sempre, maduras!
Adquirimos, paulatinamente, sabedoria e experiências quando convivemos com as diferenças.
Jamais devemos esquecer o quanto são perecíveis, os valores amoedados, diferentemente das virtudes humanas, reconhecidamente imensuráveis.
Um dos temas mais recorrentes em pesquisas e estudos aprofundados é o do relacionamento a dois. Como se praticar a felicidade compartilhada?
Não é um assunto concensual entre os especialistas." As metades da laranja", a união entre dois seres, é, sem dúvida, repleta de beleza, porém, segundo eles, "somente a evolução do pensamento para nos mostrar belezas mais grandiosas ainda".
Almas gêmeas é um termo lírico, poético e simbólico que representa aquelas pessoas que possuem um "excelente encaixe psicológico".
Várias correntes do pensamento, sobretudo as de cunho teológico, discordam dessa expressão. Acreditam ser absurda a idéia de uma suposta outra "metade", para que, só assim, possamos ser felizes.
"Deus jamais criaria Seus filhos pela metade", citam.
Seriam incompletos, reforçam.
Diante das afirmativas supra, podemos imaginar o conforto para os promíscuos de sentimentos, já que podem encontrar felicidade não apenas com uma alma, mas com várias!
Tranquilos, agora estão, os que "perderam" grandes amores, pois descobriram, em toque de mágica, poderem ter muitos deles.
Já não lamentam mais os que amaram e não foram correspondidos. Findaram-se os traumas da imaturidade.
Concordo que a felicidade é de nossa responsabilidade, porém, a alegação de que é uma conquista meramente individual, tenho minhas ressalvas.
O amor não é assunto concluído. Não é de fácil entendimento. Seu principal ingrediente é a complexidade.
Há muito para se estudar na proporção de que há muito para se amar.
Se há muitos para amar, como "a verdade da razão, proclama", replico que há muito mais a se aprender nesse caminho para a felicidade.
Há um ponto de equilíbrio que não significa ficarmos, necessariamente, em cima do muro.
Entre a libertinagem e a prisão voluntária estão as portas da afinidade.
Com ou sem alma gêmea, mantenha sua individualidade, conserve sua essência.
Observe que é conveniente ao espírito, a partilha, o diálogo franco e o amor.
Adquira esses raros instrumentos divinos que, com perfeição, vão nos moldando, conforme as encomendas do Criador.
Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 03/02/2018
Alterado em 04/02/2018