O zangão e a orquídea
O ZANGÃO e a ORQUÍDEA
Por Luiz A G Rodas
Em vôo decidido sobre as ruas da linda cidade florida, demonstrava a ansiosa força juvenil a procura do acolhedor abrigo da sua amada orquídea.
Como de costume, foi recebido por coloridas e perfumadas pétalas. Mas somente percebeu os espinhos do ciúme que lhe feriram a alma, lhe cegaram o bom senso.
Insensato, bateu asas. Deu as costas aos planos em comum. Nenhum adeus.
Apesar dos apelos, esqueceu as canções; as fases da lua.
Mesmo vascilante, sobrevoou ares distantes. Pousou em outras estâncias.
Lembrou do sol brilhante, do sorriso largo.
Ainda com pesada bagagem de sonhos, cansou.
Pensou, se perguntou...
Voltou!
Tarde demais.
Sua linda orquídea havia se mudado para algum jardim, incerto e não sabido.
Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 26/07/2017