Eu e a Música
EU e a MÚSICA
Por Luiz A G Rodas
Meu segundo DNA, como se isso fosse possível! Oxigenando, através de uma mistura homogênea e vital, a equilibrar todas as funções do meu ser.
A voz da minha mãe foi o som pioneiro a massagear meus tímpanos na estréia da vida.
Os acalantos, as canções de ninar antes do sono, já permitiam, aos ouvidos infantis, distinguir as mais variadas Intérpretes.
Vem a adolescência com os complicados anos que mais pareciam uma eternidade, mas na verdade, passaram voando. Somente agora percebo o quanto era difícil lidar com as pessoas. Época de incontáveis "primeiras vezes". As decepções, as decisões... a insegurança. A superação me fez compreender e sentir mais do que sabia que era capaz.
Vejo que aquela imaturidade vigorosa e juvenil, marcou, em meu íntimo, os extremos do que aprendi e perdi.
Consequências e reflexos em forma de invisíveis cicatrizes, corroem um "pecado" que nem mesmo a habilidade no jogo com as palavras e os recursos das figuras de linguagem, conseguem disfarçar.
A minha trilha sonora revela uma autobiografia de sete notas, elaborada, que privilégio, pela obra alheia de renomados compositores.
Minhas músicas, assim intimamente posso dizer, embora retratem uma época, um momento ou ocasião, são dinâmicas. Elas se reciclam, se renovam, ressuscitam como se viessem cobrar, exigir uma segunda chance.
E assim, involuntariamente, vem sendo montada minha coletânea dos mais variados e democráticos gêneros mas sem fugir dos tópicos paqueras, namoros, enganos e lembranças.
Não queria ser injusto esquecendo alguém, mas asseguro que é extensa minha lista. Apenas, como exemplos, posso citar Benito di Paula, Hermes Aquino, 14 Bis, Joanna, José Augusto, Marina Lima, Mariza Monte, Milton Nascimento , Roberto Carlos, são os preferidos.
Mas pesquiso novos valores, sobretudo, as vozes femininas, como a da natalense Roberta Sá e da paraibaninha Lucy Alves, dentre outras.
Enfim, são considerações muitos próprias, bem minhas, quase privadas que somente quem viveu irá explicar, entender e reviver. Ou não!
Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 01/07/2017